sábado, 31 de julho de 2010

essa é uma das poesias que escrevo enquanto ando de onibus

Não existe amar sem sofrer
Não existe entregar sem doer
Neste momento
Na garganta enlaça o sentimento
Vem a temida solidão
Que anseia somente por aquela pessoa
Meu terno amor adolescente
Ou da paixão o calor ardente
Que aflige, que acalma
Que consome a alma
Neste contraste barroco
De um poeta torto
E de seu oco coração
Imerso na própria contradição



o pior é tentar entender o que foi escrito em meio aos solavancos da viagem =]

pensamentos perdidos...

Filosofias baratas
Noites ingratas
Imerso em pensamentos
Tanto discutir o nada
E nada discutir o tudo

domingo, 18 de julho de 2010

escrevi com titulos de Saramago no dia da morte dele

Homenagem a Saramago

No meio de tantos ensaios
Anseios sobre a natureza humana
Todos os nomes que vem
Memórias de tempos
Indignos conventos
Pequenas memórias
Na bagagem deste viajante
Afundam como uma jangada de pedra
Perdem-se em meus pensamentos
Frente a cegueira da alma
Pergunto onde está a lucidez
Loucura que como a morte
Não poupa nem o rei
Em viver como um homem duplicado
Viver guiados pelo evangelho
Temer o pecado que cometeu Caim
Pois frente as intermitências da morte
Levantar do chão já não é possível


uma singela homenagem a um grande escritor

meio filósofo, meio poeta

Meio poeta meio filósofo
Ser incompleto
Desapego pendente
Inclinado para o apego
Sob a luz da reflexão
No calor da emoção
Dualidade condizente
Com esse coração que inflama
Que no fundo sabe que ama
Embora nunca saiba o que é amor
Seja como for
Pode ser calor, dor, fulgor
Contato, atrito restrito ao tato
Laço mais fundo que a alma
Sentimento forte que não acalma
Posso dizer tudo
Posso dizer nada
Mentiras vastas desenfreadas
Daquilo que não se pode descrever

sábado, 17 de julho de 2010

É estranho mas não tenho o cosume de dar título ao que escrevo, embora eu as vezes o faça, mas se não vier na hora que to escrevendo não o farei em outro momento, não me sentiria bem fazendo-o

sexta-feira, 16 de julho de 2010

é raro escrever algo sobre amor...

quero falar de amor

do calor em meu peito

da ansiedade, dessa vontade

das palavras mal formadas

de mais um louco apaixonado

de um tolo afogado

em meio a este mar de emoção

vá e ame,

com cada gota de meu ser

cada respirar em meu viver

dedicado a meu amor

insegurança, incerteza...

em viver este sentimento

ficar preso neste enlance

fazer tudo que está em meu alcance,

para estar do seu lado

mão a mão

toque a toque

viver a felicidade

brincar com a eternidade

sentir esse calor

para enfim falar de amor


that's what matter so...

No fim da madrugada eu vejo o sol nascer e...

Na madrugada nua
Lá se vai à lua
Lá se vai o vento
Lá se vai o som
O silencio canta na noite
Em meu madrugar
E a vida retorna
Com os pássaros a cantar
Já posso sentir o calor
Do sol que volta de seu “se por”
Começa mais um dia
E eu continuo aqui a pensar

para começar eu vou escrever sobre o que sinto quanto a escrever

primeira de muitas eu espero... não posso comentar pois o verso é autoexplicativo

Escrever sobre escrever

Dito escrito
Em cada linha, em cada verso
Cada vez que me expresso
Dito chorado
Escrito pela melancolia
De uma alma que anseia em desabafar
Dito jocoso
Caprichoso em sua essência
Que em sua existência
Ocupa meu pensar
Dito não dito
Mesmo não escrito
Não para de gritar
Dito do meu amor
Que aquece meu peito
Do qual sou suspeito
Para poder falar
Dito pela alma
Prometido a meu ser
Que não parara de escrever
Enquanto esse coração palpitar